sexta-feira, 27 de maio de 2011

Clube das Mulheres




Era o meu primeiro dia no trabalho, cheguei um pouco mais cedo e fui recebida pelo supervisor do setor, ele foi super educado e fez questão de me apresentar todas as pessoas da sala, pessoas com as quais eu trabalharia. Um por um, ele dizia os nomes às apresentava, as pessoas davam um sorriso meio sem graça, onde deviam estar pensando “mais uma menina nova”, eu estava achando aquilo um pouco esquisito, uma sala grande, com tanta gente junta, mas enfim, mal conseguia lembrar o nome da ultima pessoa apresentada, até que ele foi me apresentar o meu “chefe”, que seria a pessoa com a qual eu trabalharia diretamente, porque indiretamente trabalharia com mais umas 20... Foi quando ele disse:

- “Esse é o Filipe, você vai trabalhar com ele.”

Quando eu olhei, fiquei completamente hipnotizada, eram os olhos e o sorriso mais lindos que já tinha visto, tudo no rosto dele combinava, eram harmoniosos, os olhos combinavam com a boca, que combinavam com as sobrancelhas, que combinavam com o nariz. Apertei a mão dele, procurando não encará-lo diretamente, o que era praticamente impossível naquela hora, quando ele soltou a minha mão eu ainda não conseguia parar de olhar pra ele, ele ficou me olhando também, devia estar imaginando “o que essa menina está olhando?”, foi quando virou o olhar para computador e eu desviei o meu também, todas as pessoas foram apresentadas, agora eu poderia então sentar na minha mesa, e começar o meu trabalho, foi quando o Supervisor voltou para falar com o meu “chefe” para que ele me passasse os trabalhos e instintivamente eu estiquei a mão, para apertar a mão dele novamente, ele obviamente não entendeu nada, mas apertou a minha mão com educação e delicadeza.
Os trabalhos, preciso assumir que não eram em grande escala, tinham dias que a demanda era tão pequena que eu ficava entediada e a hora por sua vez não passava. Como passava metade do meu dia no trabalho e trabalhando diretamente com o meu “chefe”, era impossível não reparar nele, ele era novo, devia ter no máximo 35,36 anos, era inteligente, engraçado, porém um pouco misterioso, fato este que por algum motivo me fez começar a prestar mais atenção nele. Os dias se passavam e começamos a trocar olhares, no começo nada em especial, apenas duas pessoas se olhando e se observando, talvez com o intuito apenas de ser conhecer, mas com o passar do tempo, as coisas foram ficando mais interessantes, sorrisos e olhares com uma ponta de segundas intenções, começamos a conversar através de um sistema interno da empresa, no começo apenas conversa sobre os trabalhos ou até mesmo dúvidas, depois o rumo da conversa começou a mudar para vida pessoal e interesses, conversamos muito, éramos amigos íntimos em nossas conversas, porém na sala, mal nos falávamos, talvez uma forma de não dar bandeira ou demonstrar para quaisquer outras pessoas o nosso interesse um pelo outro. Até que em uma dessas conversas surgiu um assunto de sairmos para bater um papo e tomar um chope, mas sem que ninguém do setor soubesse afinal de contas, era expressamente proibida qualquer relação amorosa, sexual ou afetiva dentre os funcionários do mesmo setor.
Falávamos disso como se não fosse nada demais e ao mesmo tempo, como se estivéssemos tramando um roubo ao Banco Central, o que estávamos pensando em fazer não era nada demais, afinal, duas pessoas adultas, saindo para tomar um chope e jogar conversa fora não é realmente nada demais... Ou pelo menos era disso que queríamos nos convencer.
Até que chegou o dia, tudo marcado, planejado, tramado, articulado e programado. Saímos do trabalho separados, para não dar bandeira e nos encontramos no barzinho. A situação estava um pouco engraçada, não sabíamos o que estávamos fazendo ali juntos, mas ao olhar um para o outro, o corpo rapidamente nos lembrara o motivo.

- “Vai beber o que?”
- “Um chope né? O que acha?”
- “Por mim está ótimo, nesse calor, não tem nada melhor. Garçom! Dois chopes, por favor!”

Quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez.. Foi mais ou menos a quantidade de chope que bebemos até o bar fechar a porta praticamente em nossas cabeças, ainda eram 11h30minh da noite, quando surgiu o convite inesperado e ao mesmo tempo mais esperado.

- “Ainda está cedo, minha casa é aqui perto, tenho umas cervejas na geladeira, algum problema se fossemos para lá um pouco?”

E agora? O que eu faço? Vou? Não vou? Eu quero ir... Mas se for, posso parecer muito oferecida e se não for... Porque não iria? Eu quero, e daí o que ele vai pensar?Aposto que ele não está nem um pouco preocupado com o que estou pensando dele agora, nesse exato momento... Melhor que não saiba, afinal depois da quantidade de álcool ingerida, a imaginação está um pouco mais fértil do que o necessário.

- “Pode ser, só não posso demorar muito, ainda tenho que ir pra casa.”

Ao chegar a casa dele, meu coração batia mais do que o normal, minha mão estava suando e cinco borboletas voavam dentro da minha barriga, não, eu não estava bêbada e nem enjoada, estava apenas pressentindo como aquela noite prometia terminar.
Ele trouxe as duas cervejas e colocou uma música, estava me sentindo num filme de comédia romântica, onde o mocinho serve a mocinha na sala de casa, em seu primeiro encontro e coloca uma música tudo haver com a situação... rsss
A conversa ia cada vez ficando mais interessantes, falávamos sobre diversos assuntos, até que a cerveja acabou e me ofereci para pegar mais duas na geladeira, quando levantei e fui até a cozinha ele veio atrás sem que eu percebesse, quando abri a geladeira e não achei as cervejas, fui me virar para perguntar onde ele as tinha colocado e quando me virei dei de cara com ele na porta da cozinha, olhando pra mim, ele deu um sorriso de lado e apontou com a cabeça para o congelador, sorri um pouco sem graça e peguei as cervejas. Quando me virei para voltar à sala ele pegou uma cerveja da minha mão e com a outra envolveu a minha cintura, me puxou para mais perto, disse um “Obrigado” e me beijou.
Beijávamos-nos com vontade, com intimidade, como se nos conhecêssemos há anos nos beijávamos como amigos, como homem e mulher, como amantes, um beijo intenso e ao mesmo tempo calmo, sereno, ele tirou a cerveja da minha mão e colocou em cima da mesa, aos poucos ele ia me levando quase que levitando em direção ao seu quarto, a respiração estava ficando mais ofegante, os beijos cada vez mais intensos, as roupas começavam a incomodar, ele me apertava ao mesmo tempo em que me beijava, passava as mãos pelos meus cabelos, pela minha nuca, comecei a desabotoar a blusa dele, e ele começou a levantar o meu vestido, pude sentir as suas mãos quentes e ao mesmo tempo geladas de suor, enquanto íamos nos desfazendo das roupas, o desejo e a excitação ia aumentando, tirei as calças dele, e deitamos na cama, ele tirava o meu sutiã com calma, beijando cada centímetro do meu corpo, em apenas alguns minutos estávamos completamente nus, sobre aquela cama, prontos para nos consumirmos e nos entregarmos ao desejo, à sensação de prazer aumentava a cada beijo e cada passada de mão que ele dava pelo meu corpo, eu sentia um arrepio, estava quase implorando para que ele me penetra-se quando eu senti uma sensação única, completa, fui ao céu ou talvez inferno, vai saber, e voltei em apenas 1 segundo, os movimentos repetitivos faziam meu corpo flutuar, a minha cabeça não conseguia pensar em nada, estava vazia, apenas o meu corpo respondia através de movimentos, os gemidos eram baixo, mas incontroláveis, pude perceber que ele estava curtindo o momento tanto quanto eu estava e me entreguei por inteiro, o meu prazer aumentava a cada minuto, foi quando ele grudou o rosto ao meu falou bem baixinho meu ouvido

- “Gostosa.”

Naquele exato momento, eu saí de mim, apenas o meu corpo estava presente, comecei a me contorcer e a ter espasmos, não pude controlar aquela maravilhosa sensação, mordi os lábios com vontade e entre os dentes soltei alguma expressão ou palavra ou qualquer ruído que seja, logo depois relaxei e pude perceber que ele estava sentindo a mesma sensação que eu, diminuímos o ritmo e ficamos nos olhando, ele foi se ajeitar e eu pensando que ele fosse sair, falei;

-“Não sai agora não.”

E ele respondeu

-“Eu não vou a lugar algum.”



encilcopediarosa@gmail.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Me manda um banner teu (grande de prefêrencia) para nós fazermos a parceria ?

beijos ; )