sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Clube das Mulheres.




Era sábado a noite, todos os amigos de longa data estavam reunidos em um barzinho, tomando um chopp, apenas para comemorar o aniversário do Luis. Conhecia o Luis devia ter uns 8 anos, porém uns 3 ou 4 que não o via, assim como todos os outros.
A noite estava agradável, as companhias e o papo melhor ainda, afinal o que não faltava era assunto.
Foi quando de longe, pude avistar o Augusto, não devia vê-lo a uns 3 anos também, nos conhecíamos desde a adolescência, e até chegamos a trocar uns beijinhos naquela época, mas nada demais, quando o vi, tive quase uma parada cardíaca, meu coração não parava de bater, e ele parecia estar andando em câmera lenta, não chegava nunca na nossa mesa, meu olhar estava fixado, e eu só conseguia pensar em uma coisa: “como ele está lindo.” ele comprimentou a todos, veio falar comigo e logo soltou: “Não acredito, você aqui, quanto tempo" não perdeu tempo ao me dar um abraço com vontade e um beijo no rosto, retribui.
Ele por sua vez, sentou ao meu lado, conversamos sobre coisas da vida, sobre trabalho, faculdade a até sobre namoros, em um certo momento, por um descuido talvez, ele colocou a mão sobre minha perna e abriu um sorriso, pode parecer uma atitude normal, mas naquela hora não era o que parecia, e acho que ele percebeu, pediu licença e foi sentar na outra ponta, ao lado do Luis.
Não olhar pra ele, era impossível, e todas as vezes que eu olhava, ele também estava olhando, soltávamos sorrisos sem graça e foi isso praticamente a noite inteira.
Já eram 3:30 da madrugada, paguei a minha parte da conta e avisei que estava indo embora, na mesma hora o Augusto me perguntou como eu iria embora, respondi que de táxi, e ele se ofereceu para me levar em casa, afinal, era caminho para a sua casa. Aceitei.
No carro, escutava-se apenas Maria Rita, que tocava na rádio bem baixinho.
Foi quando, ele falou: “Foi bom hoje né?” apenas concordei, e ele tentando puxar assunto “Foi bom te ver, você está bonita, não mudou muita coisa.”, respondi apenas: “Você também!” novamente o silêncio tomou conta, ao chegar na minha casa, tirei o cinto de segurança que me empurrava contra o banco, virei para ele, e apenas agradeci, ficamos nos olhando, como se não nos reconhecêssemos, por uns 5 segundos, foi quando me aproximei para me despedir com um beijo no rosto, pude sentir a sua respiração ficando mais forte, senti a sua mão passar pela minha cintura e como num passe de mágica estávamos frente e frente, não tinha como negar, era aquilo que queríamos, nos beijamos como se fosse a primeira vez, com sede de saudade, e com vontade de descobrir o que nos fazia pensar que tanta coisa tinha mudado, os beijos foram ficando mais intensos, os abraços mais fortes, os vidros do carro começaram a embaçar, queriamos aproveitar aquele momento, ele desvendava cada centímetro do meu corpo, como se fosse uma terra desconhecida, beijava cada pedaço, era gostoso sentir suas mãos, ele tirou a minha blusa, e ao encostar nele, meu corpo inteiro tremeu. Queria senti-lo em mim, e assim foi feito, ele olhava diretamente em meus olhos, eu expressava com gemidos baixos, o quanto estava gostando, ele me beijava, foi quando senti um prazer inexplicável, um frio na barriga, uma coisa boa, e minhas pernas começaram a tremer. Aos poucos fomos diminuído e ritmo, e pude perceber que o prazer que eu sentia naquele momento, ele também pode sentir, dei um sorriso sem graça, e ele falou: “Como você é gostosa” não me contive e soltei uma gargalhada. Nos vestimos, saímos do carro para fumar um cigarro e aproveitamos para ver o sol nascer, pois já eram 06:00h da manhã.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom o conto!
Foi você mesma que escreveu? parabéns com o blog